Wanderlino
Arruda
Deus ordenha
o cinza e o branco
em hálito de
luminescências,
porque o brilho é
claro e virgem.
As sombras vivem de
ausências
e o desenho do vento
é livre.
Deus
pinta vermelhos, beges,
amarelos,
muito de índigo
e de púrpura,
verde-esmeralda, verde-turquesa.
Ele faz verões
com cores de primaveras
e de doces e lindos
outonos:
tudo azul-azul de esperança.
Há
miríades de crepúsculos
e amanheceres sem nuvens,
com florestas desconhecidas.
Cores alimentam a infinitude
e a imortalidade vive
no sempre
e nas muitas alturas
de luz.
Declaro-me
apaixonado de amor,
porque na vida tudo
cintila:
há visível
alegria, várias
são as vibrações,
há horizontes
de lúcidas memórias!
Academia Montesclarense
de Letras