Quando
chegar
o
momento
escuro,
ou
a
luz
maior,
me
deixem
no
caminho
dos
viajantes:
serei
cruz
à
beira
da
estrada.
Ouvirei
passos,
verei
homens
que
bebem
café,
estranhos
da
madrugada.
Sentirei
o
calor
da
terra
e
participarei
de
misteriosos
vôos.
Amarei
o
sertão
até
na
falta
da
vida,
no
dia
quente
ou
o
no
frio
vento
da
noite.
A
mulher
bonita
me
persegue
em
festas
para
as
quais
não
sou
convidado.
Sempre
que
o
piano
toca,
meu
sonho
não
quer
me
abraçar,
pois
todos
os
bares
estão
fechados,
está
fechada
a
cidade,
e
nem
adianta
beijar
a
mulher
bonita.
É
dia
de
balanço.
Vou
viajar
para
uma
terra
onde
tardes
e
madrugadas
se
confundem,
e
o
último
trem
já
partiu...
Venha
descalça,
me
encontre
na
esquina.
Senta
no
passeio
até
eu
chegar!